4.2.08

Sabesp e a água imprópria no litoral

Sabesp volta a fazer distribuição de água imprópria no litoral

Com o início da temporada, a Sabesp voltou a distribuir água imprópria para consumo no litoral de São Paulo, principalmente na Baixada Santista, região que atrai o maior número de turistas no Estado nesta época do ano. É o que mostram teste de potabilidade divulgados pela empresa em seu site.

O problema --que diminui no inverno em razão do baixo volume de chuvas, que carregam poluentes para os mananciais-- recomeçou em setembro e continuou no meses seguintes. Os dados de dezembro ainda não estão tabulados pela empresa.

Em novembro, havia coliformes fecais (bactérias presentes no esgoto) acima do permitido pela legislação federal em Bertioga, Cubatão, Guarujá, Peruíbe e Praia Grande (cidade de maior fluxo de turismo de São Paulo, com exceção da capital).

No mês anterior, a água já havia sido reprovada em razão dos coliformes em excesso nos testes feitos em Bertioga, Caraguatatuba, Cubatão, Guarujá, Mongaguá e São Vicente.

Em abril do ano passado, a Folha mostrou em reportagem que a água que chegava às torneiras na Baixada Santista estava imprópria na maior parte do ano. Em 11 dos 12 meses, até abril passado, a água estava imprópria em Bertioga, cidade mais afetada.

Após a reportagem, o juiz Daniel Carnio Costa concedeu liminar, após representação da ONG Princípios, em que condenou a Sabesp a recolher multa de R$ 100 mil por dia até que corrigisse a situação no Guarujá. Porém, em setembro já havia excesso de coliformes.

Apesar disso, em 12 de novembro a Sabesp enviou à Justiça um ofício, assinado pelo químico Marco Antonio Silva de Oliveira, em que afirma não ter sido constatada desde maio a presença de nenhuma "substância nociva à saúde" na água que ensejasse a necessidade de alertar a população.

A legislação só permite que haja os chamados coliformes totais (oriundos de matéria orgânica) em no máximo 5% das amostras analisadas. Em relação aos coliformes termotolerantes, que aponta que houve o contato da água com o esgoto, a restrição é total (0%).

A presença de coliformes termotolerantes (resistentes ao calor), como ocorreu ao final de 2006 em São Vicente, Guarujá, Bertioga, Cubatão, Praia Grande e Peruíbe, é a falha mais grave no tratamento da água, segundo especialistas.

O professor de engenharia ambiental da Unesp de Sorocaba André Henrique Rosa, 35, diz que, mesmo fervida, a água com coliformes termotolerantes pode continuar imprópria. É preciso, disse, colocar hipoclorito de sódio para corrigir a contaminação da água.

Se o consumidor tem suspeita desse tipo de impureza, o recomendável é, além de ferver, aplicar o hipoclorito de sódio. "É um procedimento muito comum na purificação da água de piscina", disse. "O principal problema é a questão do gosto, né? O paladar que modifica um pouco. Mas não tenho conhecimento de estudos que comprovem que a presença do cloro seja prejudicial", afirmou.

Entre as doenças que a pessoa pode contrair com a ingestão de água contaminada estão a febre tifóide, diarréia, verminoses e também a hepatite A.
 
 
Comentário:
 
Este é apenas um caso, que não é isolado, sobre a qualidade da água que chega nas residências. É prudente o consumidor procurar um produto que faça a purificação da água de maneira eficiente, que além de filtrar e purificar, também faça a eliminação de germes e bactérias patogênicas, como o vibrião do cólera, bem como colis totais e fecais já informados na matéria. Para tal item busque produtos com sistema de fibra oca ou lâmpada ultravioleta. Os produtos de meu conhecimento que possuem este sistema são os de marca Europa (HF - em exlusividade no Brasil - e UVLS Philips) e IBBL (UVLS Philips).

Um comentário:

Anônimo disse...

Obs, ao meu ver, para produzir o carvao ativado, nao é necessário desmatamento. Pois o carvao ativado direcionada para a purificacao de água é produzido da casca do coco de babassu.